Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Estou há horas neste espaço, já conversei com tanta gente, já bebi o meu copo de vinho. Todos devem estar com roupa aparentemente cara, e certamente que estão a condizer com este salão enorme e bem decorado. Ouço risos, está tudo feliz, alguns embriagados, outros disfarçando a sua sobriedade com o barulho das luzes.
O sufoco das luzes, a cor das luzes enraizada num espetro que se resume a negro, na minha mente.
Uma vida monocromática, onde há dias claros e dias escuros, onde há dias em que o claro quase que se mistura com o escuro, mas mesmo assim o cinzento não quer aparecer.
Onde estão os candeeiros desta sala?
Eu juro que não bebi mais nada a não ser este copo de vinho! E nem este vinho eu sei de que cor é ...
Alguém me diz onde está o interruptor? Só vejo o vazio.
A luz é uma onda eletromagnética
Pela física designada.
Tento eu, com esta criança poética
Ver no túnel, ao fundo, essa bela encandeada!
O brilho identifica-se com a intensidade
E a frequência com a cor.
Descobri a Luz na mais tenra idade,
Levo a vida com outro sabor!
Luz é a dádiva do caminho,
É o que aclara qualquer alma,
Sabendo que não se está sozinho,
É presença que acalma!
Luz é esperança,
Mesmo que acesa atrás do muro,
Pois não há só tempestade, também há bonança
E um caminho limpo no futuro!
Um circuito de luz é a nossa existência,
No meio de eternidades de escuridão.
Anseio que a noite caia e nessa iminência
Estejas aqui ao lado, meu candelabro, a iluminar esta espécie de coração.
Nem tudo o que luz, é pecado!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.