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Por ti dei tudo o que podia
E findou por ficar na melancolia.
Se desta for um “adeus”, não me voltes a dizer “olá”
Porque não sabes, nem sentes a mossa que isto me faz por cá.
Tornei-me numa personagem que nunca quis ser
Fiz de fantoche, mimo, boneco de trapos e tudo sem querer.
Dizias que por ela estava louco,
Que não saía deste sufoco
E não percebias o que estava a sentir,
Quando eu sei que no fundo, era só uma desculpa
Porque o teu melhor passatempo era baseado na palavra “mentir”.
Talvez mais tarde entendas o que me foi na alma,
Dizem que o tempo tudo leva, tudo acalma,
E por ela vou fingindo estar apaixonado.
Fico longe daqui, já que contigo não chegava a ir a qualquer lado.
Não bebo para festejar, acredita
E espero que a história não se repita
Porque me sinto completamente acorrentado.
Talvez daqui a uns anos, quando tiveres tu outros planos,
Acabes por entender
Que o tempo que me restava, era com ela que passava
Na esperança de te conseguir esquecer.
Agora, à beira do abismo,
Entrego a minha alma ao além,
Estou a suavizar com este eufemismo,
Mas dou-te um conselho:
Nunca te apaixones por ninguém!
Fiquei acabado e interdito ao amor
Com as lágrimas que derramo com a ajuda deste álcool em estado puro,
Que é o mais próximo que tenho do teu calor.
Fica na tua consciência plena
Se achas que os anos passados foram os corretos,
Errei vezes sem conta, mas foram os meus prediletos.
Elogiava a pessoa perfeita que criei na minha cabeça
Já te desejei muito mal, mas prevejo que isso não te aconteça.
Vou ficando por aqui, a agarrar na próxima litrosa.
Sabes onde paro, onde estou,
Não vou mais à tua porta para dar show,
Nem me venhas procurar, toda chorosa.
Odeio-te, porque a tua carência é tão intensa como a tua presença.
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