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Penso, sim, claro que penso. Ainda me invades as noites quando quero tentar adormecer. Não é fácil o adormecimento.
Aprendi contigo que o teu silêncio não é sinónimo de esquecimento e que a tua ausência vai ser sempre casa da tua saudade.
Estou inundada em culpa e talvez seja por isso que me cobras. Irónico o sentido desta frase, quando eras tu que achavas que eu o fazia contigo.
Cortei os nós. Tive de o fazer. Fi-lo, provavelmente não da forma mais correta e, pela primeira vez, fui egoísta. (Não fui vingança.)
Nunca me levaste muito a sério e pensaste que eu queria o caminho mais fácil das coisas. Acredita que esta foi a maior prova que te podia dar de que isso não se transparece no real.
Naquele que era o nosso presente, já nem havia espaço para um futuro. Fomos um pretérito imperfeito, com objetivos diferentes, deduzia-te um pouco imaturo e eu cresci. Eu acho que cresci.
O que eu queria já não era o que tu querias, aquilo em que eu acreditava era sempre aquilo em que tu colocavas defeitos, mas isso não significa que tu estivesses errado.
Agora somos polos opostos.
Não és o lado mau, não és o assombro que há quem te queira fazer parecer. Eu lutei para que tivesses noção de que a vida não é apenas ser, sem mais nada.
A vida não tem intervalos e tu vais ter de penar muito para reaprender a viver.
Hoje podes estar a morrer por dentro, mas tenta tu adormecer, porque amanhã será melhor o recomeço.
Pareço-te fria, sem qualquer espécie de coração. Gostei de ti constantemente mas, para começar a gostar mais de mim, tive de aprender comigo própria a dizer-te que não.
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