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Ultimamente tem feito frio, as noites são geladas e as extremidades teimam em não querer aquecer. Estamos no pico do Verão, tal como quando te conheci. Desde que partiste que as estações são todas iguais. Que raio de clima este! Os dias cheiram-me a Inverno.
Ainda não me consegui habituar a esta nova sensação de perda, mesmo que contigo tenha passado toda a parte do tempo a perder-me.
Rendi a minha alma, o meu corpo, rendi aquilo que aos olhos do amor é chamado de coração. Não me arrependo de me ter perdido inteira, pois não haveria outra maneira de me conseguir somar.
Escuta, tu que ainda me ouves e não precisas de falar, ainda te vou ouvir novamente com essa voz que trazias, doce... aqui, na terra dos fisicamente vivos, ficou escrita a nossa história, tão bela a nossa história.
Fiz cumprir todas as juras, puras, sem esforço e eu sei que os ganhos foram consequências das minhas perdas, benditas. Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte “não nos separe”.
Temi mais a tua dor do que a tua partida, porque não foi uma despedida, tu só estavas cansado de respirar. Que nunca se canse o nosso amor, que jamais lhe falte o ar!
Pode demorar, mas a saudade vai passar quando nos reavermos noutra existência.
A ti, que vieste ao mundo em forma humana, preencheste da maneira exata o meu coração e continuas, seja em que espécie de vida for, a ser o único a quem hei de chamar de amor.
Até já!
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