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Porque hoje me apeteceu falar de futebol. Haja mais fairplay e mais amor à camisola que se veste, todos os dias!
Tu és a camisola que vestes!
És o amor que por ela tens!
És a vontade de ser mais e melhor com ela!
És cada conquista, cada vitória!
És cada nota de um cântico entoado!
És cada golo marcado!
És cada golo sofrido!
És cada cartão mostrado!
És cada empate vivido!
És cada lágrima!
És cada riso!
És cada grito!
És tu o que é preciso!
Tu não és tu sem a tua camisola!
Eu quero. Quero escrever sobre outro assunto qualquer e não consigo. Garanto-te que me sentei com a ideia de escrever sobre outra coisa sem seres tu. Bolas, que isto é complicado, tentar escrever sobre algo que esteja ao nosso lado e tudo me faz lembrar de ti!
Até os biscoitos do gato que estão na secretária, o sapato que tenho espalhado no chão do meu quarto, as almofadas que permanecem na cadeira. Haverá alguma maneira de eu me abstrair?
Inclusive na minha própria casa tu invades o meu espaço sem pedir autorização, tu entras sem dizer nada, como se isto fosse tudo teu! Enganas-te! Foi a última vez que o fizeste!
Tirei o dia de folga para fazer limpezas, peguei no pano do pó, no balde, na esfregona e comecei a limpar as impurezas, porque cada canto desta vivenda, de cada móvel, transpira à tua pessoa. É um cheiro a ti que não se aguenta! E tanto que eu me perdi nessa fragrância, sem teres deixado cá o teu perfume.
Fiz uma pausa para comer, sentei-me ao redor da mesa e vi-te. Vi o teu reflexo no vidro de tão limpo que ficou. Tanta história que ela tem, se falasse...
Dizias que adoravas aquelas pernas e não eram as da mesa, a bancada de mármore era a tua favorita, gostavas da textura e do facto de ser exatamente à tua medida. Preparavas cozinhados fenomenais.
Lá estou eu, outra vez, a tentar mandar-te embora de minha casa, porque já se faz tarde, já há muita hora que se faz tarde! Tens de sair! Sem que eu te dê boleia e, desta vez, só o desejo te vai acompanhar à tua casa!
Estou exausta, hoje foi um dia cansativo. Tentei arrumar a casa toda enquanto tu a desarrumavas na minha cabeça.
Tu apareceste e começaste por me mostrar horizontes que eu desconhecia, imagens que nunca tinha visto, palavras que nem sabia o que queriam dizer.
Tu apareceste e elucidaste-me que há sentimentos recíprocos e que a força não consiste em não cair nunca, mas em levantar de cada vez que se cai.
Tu apareceste e ensinaste-me a importância de gostar e que há lugares com tanta história que parecem falar.
Ensinaste-me tudo o que eu nem imaginava e fizeste-me descobrir coisas ocultas.
Um dia, viraste-te para mim e perguntaste se eu sentia amor. Eu respondi muito, mas muito lentamente, saboreando devagar as palavras:
Que as pessoas podem duvidar daquilo que dizemos, mas acreditarão sempre naquilo que faremos e eu demonstro-te todos os dias que a tua imagem reflete de forma total e absoluta o amor que trago no coração e o intelecto pelo qual me apaixonei profunda e eternamente.
Com o nome mais pequeno ou peculiar,
Derivado de gente ou coisa rara,
São os únicos verdadeiros capazes de amar
Demonstrando-o com lambidelas na cara.
É estranho como nos apegamos assim,
Começamos a estimar logo desde o início.
Tenha uma só cor, duas, três, seja van ou arlequim,
Tudo fazem em prol do nosso benefício.
Objetos desnecessários, logo para o chão!
Superfícies limpas é o que se quer!
Não há animal com mais arrumação
Quase comparável a uma mulher!
Não importa a raça, nem sequer a cor,
Preto não é sinónimo de superstição!
Gostam de qualquer humano e a todos dão valor,
No que toca ao amor, é enorme o seu coração!
Gordos, magros, depilados ou peludos,
De focinhos longos ou achatados,
Especiais são todos estes patudos
Que de nós cuidam a sonhar ou acordados.
Haja pelos na roupa,
Haja cadeiras e móveis arranhados!
Quem não os tem, sorte pouca,
Não sabem o que é estar verdadeiramente apaixonados!
Há quem diga que não se gosta,
Mas só até se ter o primeiro.
Dou tudo nessa aposta
E garanto que atrás de um, vem o segundo, o terceiro...
Gatos são incríveis e andantes histórias,
Apesar da sua independência, não vivem sem nós.
Capazes de coisas irrisórias, que ficarão nas memórias
E que fazem de qualquer pessoa muito menos atroz.
E agora a questão clichê:
Poderia viver sem eles?
Sim, mas não ia saber nunca qual a verdadeira definição da palavra “sempre”!
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