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Ela apareceu e destruiu o que havia entre nós.
Na realidade, acho que mesmo antes de existir um “nós”, ela já fazia parte da tua vida, que era a tua mais querida, mas ignorei.
Ignorei que por ela estavas cego e que não havia espaço para mais nada, nem para a tua própria namorada.
O pior é que tu sabes disso e eu não entendo se fazes propositadamente para me magoar ou porque gostas de te magoar a ti próprio.
Eu não gosto!
Não gosto do tempo que perdes a pensar nela, quase sempre à janela, de manhã, de tarde, de madrugada...
Não gosto do vento gelado, inusitado, que deixas entrar pela casa dentro, quando só a ela pensas os lábios encostar.
Não gosto da vossa intimidade e achava eu que com o passar da idade ela própria se ia passar.
Não gosto do jeito agressivo com que me diriges a palavra e com o chegar da noite, lá volta ela e tudo se agrava, para um recomeço daquilo que não acabou.
Não gosto quando repara todo o mundo nesse teu estado profundo de amor.
Não gosto que gostes mais de a tocar, de a agarrar, de a levar para a cama do que a mim.
Não gosto que as coisas assim tenham sucedido e que só para ela não exista a palavra “Fim”.
Tirou-te as ilusões e as desilusões, a sobriedade, a consciência, os amigos, eu.
Foi ela a causa e a solução de todos os nossos problemas. Sim, nossos! Mesmo que continues a dizer que não, ela também era um problema meu.
Ela é um vício maldito, esquisito, que teima em não desaparecer da tua vida.
Eu não sei quanto a ti, mas acredita que tão cedo eu não me apaixono porque a merda da bebida estragou a parte mais bonita e romântica que pertencia ao meu coração.
Isto de começar um blog/uma página tem muito que se lhe diga! Há sempre aquela indecisão sobre o que escrever primeiro, como escrever e a quem nos vamos dirigir. Andei imenso tempo a magicar estratégias na minha cabeça, mas acabei por perceber que o que é natural e espontâneo demonstra sempre um bocadinho mais de nós.
Pois bem, esta ideia surgiu porque encontrei em mim uma necessidade de transpor cá para fora alguns assuntos que me inquietam, algumas histórias que vivi e outras (que mesmo não tendo passado por elas) acabam por ser minhas de certa forma.
Desde cedo me apaixonei pela escrita e pelo que ela nos faz sentir. Posso chegar a ser meio lamechas, mas sou mulher e, por vezes, as hormonas falam mais alto.
“A Ayla Conta...” de tudo um pouco, episódios da vida real, de amores e desamores, de situações sociais, o que nesse dia lhe apetecer. Podem esperar qualquer coisa!
O que eu espero? Que se identifiquem e gostem acima de tudo!
Um beijo.
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